terça-feira, 9 de dezembro de 2008
Fonte Metamorphosis
http://www.identifont.com/list?2+metamorphosis+0+AMZ+0+AMY+0
desenhada por Anuthin Wongsankakon
:)
Sobrevivente
A pedido de muitas famílias, e também porque Metamorphosis já hibernava dentro do seu casulo há demasiado tempo, cá estão aqui mais umas novidades para refrescar as ideias.
(Não, não morri nem fui de férias!)
É pena que isto agora só vá acontecendo muito pontualmente mas a verdade é que em tempo de aulas não temos tempo para fazer tudo aquilo que queremos :(
Mas, de qualquer forma, cá ficam mais umas palhaçadas espontâneas, rabiscos feitos nas aulas teóricas mais interessantes que se possam imaginar ou simplesmente pequenas ideias e experiências. Até breve.
terça-feira, 14 de outubro de 2008
sexta-feira, 4 de julho de 2008
METAMÓRPHOSIS..
Até que ponto é que uma história pode ter um início ou fim definidos? No espaço, um plano ou uma recta, terão propriamente um momento de nascença? Ou será que simplesmente o aparentam?
Esta sequência narrativa fala-nos precisamente dessa subtil dificuldade que nós temos em descobrir as pontas de cada novelo de lã que nos aparece. Pior ainda, quando o vemos desenrolado totalmente, já não sabemos distinguir qual seria supostamente a ponta onde começa e a ponta onde acaba.
Diria que há duas personagens principais nesta narrativa. Uma delas é, sem dúvida, o tempo. Outra, o espaço. É como se fosse um explorar dos dois, conhecendo a relação que há entre si. Cada um deles segue esse modelo de infinito e continuidade, sendo o tempo quase como um relógio e o espaço como uma vista panorâmica unificadora de uma porção de terra/realidade circundante.
O Sol pareceu-me ser um elemento que consiga transmitir claramente essas duas diferentes percepções da realidade, quer através da sua luminosidade, quer através das coordenadas de onde se localiza no céu. Ou seja, é o grande gerador do conceito de “horas” e o termómetro para “tempo”, como também pode-se assumir como uma bússola gigante .
A experiência revelou-se interessante para mim no sentido em que eu própria me auto retratei sob diferentes luzes e tentando diferentes exposições de forma a conseguir o melhor resultado. Era como se estivesse a observar a minha própria transfiguração, e não necessariamente só a do dia. Estabeleci essa ligação com mais força ao fazer o meu auto-retrato acompanhar o decorrer das horas, como se tanto por ele era condicionado, (como por exemplo quando caio), bem como igualmente o controlava (ao erguer o nascer do sol). Acabei por tentar representar uma metáfora para a vida, para a instabilidade oscilante que nela existe, a continuidade, a fluidez inquebrável, um ritmo que é tudo menos constante.
Arrash ta mere
Trabalho realizado por:
Ana Isabel Trigueiros
Paulo Sousa
Bernardo Coelho
Tim Beijsens
sexta-feira, 27 de junho de 2008
Good Girls go to Heaven... Bad Girls go Everywere
Em vez de definir um bem absoluto e um mal absoluto, eu e a minha colega decidimos questionar os valores.
- O Bem, será talvez, dito de uma forma simples, o conjunto de valores segundo os quais somos educados;
- O Bem é então o modelo idealizado dum senso comum e uma espécie de guia aconselhador daquilo que é correcto ou não fazer;
- O Mal, poderia ser a tentativa irreverente de romper com esses valores e substitui-los por outros;
- O Mal persegue o Bem, interrogando-o compulsivamente e convencendo-o a mudar de atitude.
Se o Bem é assim, então não passa de uma herança sistemática de uma máscara tirânica. Logo não pode ser Bem absoluto.
Se o Mal é assim, então quer dizer que não é nem comodista nem conformista, sendo antes exigente e activo no seu percurso. Sendo assim, não é Mal absoluto tampouco.
Pegamos no exemplo da mentalidade feminina dos dias de hoje. Como num desenho animado, parece ter um anjo de um lado e um diabo de outro, dizendo-lhe o que tem de fazer.
Usar um wonderbra e fazer croché? Ou antes ler um livro e discutir política?
Ser a mulher ideal, como era a mãe ou a avó, ou ser a mulher revolucionária?
Seja uma questão de preconceito ou não, esta dicotomia de ideais, ainda que opostos, parece estar bastante presente na forma de pensar e/ou de agir da mulher contemporânea. Grande dilema.
A ideia da decoração, da forma em que foi disposta, é relativa ao conceito de “mesinha de cabeceira”, caracterizando, pelo que usam, cada uma das duas personagens. A relação entre elas é como a de duas irmãs gémeas que não confraternizam nem por nada.
Sal e Água (parte 2)
Como segunda parte da proposta, criamos também um stand onde pudéssemos exibir e promover as nossas ilustrações. Mais do que isso, arranjei uma solução que permitisse a participação do público: a partir de um fragmento das mesmas, pedi ás pessoas na rua para intervir e recriar outro desenho a partir do que já existia. A experiência partiu da faculdade, avançando até á baixa da cidade, estando aberta para todas as idades. Os participantes receberam também um sticker de borla.
Sal e Água
As ilustrações são digitais, mas construí-as quase na totalidade num programa extremamente simples e limitado que é o Paint, aproveitando para explorar tais características para conseguir o máximo de efeitos. As figuras identificam-se com o universo dos clássicos de video-jogos, que ainda fazem parte do imaginário de muitas pessoas.
Gutenberg
Primeiro achei um aspecto característico que os unisse e cheguei á conclusão que todos eles eram dominados por uma atmosfera fortemente lasciva e sexual, e até caótica.
Trabalhei essencialmente com fotografias que estivessem relacionadas com o corpo humano e com a carne e estipulei que deveriam ser suficientemente perturbantes para aguçar a curiosidade do leitor. Para manter o mistério, optei também por não colocar sinopse na contracapa, antes uma citação do texto que fosse pertinente.
Quanto ao exercício de paginação, apresentei três hipóteses. Uma delas é convencional e sóbria, sendo talvez mais adequada ao contexto da proposta. As outras duas assumem apenas o carácter de experiência, podendo mostrar uma estrutura mais estranha ou radical do que aquela que estamos acostumados a ver. Quis explorar outros caminhos uma vez que tive a oportunidade de o fazer.
The End Of Print
De aspecto clássico, comedido e até um pouco envergonhado, o “Manual de Tipografia” parece á primeira vista semelhante ao de Giambatista Bodoni.
Ao lermos o sub título, pode-nos soar um pouco mais bizarro e perturbante: “Para Frustrados”.
Quando nos decidimos por fim a abrir o estranho livrete, deparamo-nos com uma história de ruptura, libertação total, fuga, caos e desordem. Á medida que vamos avançando a narrativa toma um rumo exagerado e doentio, quase que bélico, apocalíptico, diabólico, culminando na morte.
Depois basta fechar o livro, voltar a colocá-lo na estante e esquecer que alguma vez tomamos conhecimento da sua existência.